Numa era de mudança, de tecnologias emergentes, onde o ciberespaço ganha lugar tangível, onde nos conectamos online e onde atores humanos e não humanos se relacionam cada vez mais num mundo híbrido onde o real e digital são elementos de um mesmo ecossistema, fará sentido falar em modelos educativos rígidos?
Fará sentido apostar hoje num modelo que Schlemmer & Moreira (2020) definem como "algo com um nível elevado de estruturação, representando um padrão a ser seguido por toda a instituição"? Ou, ao invés, dar palco a um desenho educativo assente em diferentes possibilidades, descrito por Schlemmer & Moreira (2020) como uma combinação "num processo que implica certo nível de criação/invenção, sem padrão a ser seguido, mas movimentos a serem acompanhados e compreendidos, retroalimentando o desenho"?
O professor de hoje não pode limitar os seus recursos às tecnologias de ontem, antes tirar partido dos expedientes que tem à disposição, diversificando e usando de forma eficaz as tecnologias para fortalecer a experiência de aprendizagem.
Surge assim o conceito de multimodalidade que combina diferentes modalidades, combinando-as. Apesar de multimodalidade e hibridismo não sejam sinónimos, estão relacionados, já que o objetivo é considerar todas as potencialidades que as várias modalidades educativas – entre elas o ensino presencial e o ensino online – podem trazer para o processo educativo, não desprezando nenhuma delas.
Referência:
Schlemmer, E., & Moreira, J. A. M. (2020). Ampliando Conceitos para o Paradigma de Educação Digital OnLIFE . Interacções, 16(55), 103–122. https://doi.org/10.25755/int.21039
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