Encontros CFOS – Metodologias ativas de aprendizagem: a educação na era digital



No dia 29 de novembro decorreu, nas instalações do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, em Setúbal, a Ação de Curta Duração 
Encontros CFOS – Metodologias ativas de aprendizagem: a educação na era digital.

Dinamizado pelo Centro de Formação Ordem de Santiago (CFOS), este(s) encontro(s) teve por objetivo refletir sobre o papel do digital na sala de aula do século XXI e como recorrer a ele para apostar em metodologias de ensino mais ativas, centradas no aluno.

Sobre este tema central foram feitas duas comunicações a que puderam assistir todos os presentes:

- Aprendizagem e Transição Digital em Educação, apresentada por João Filipe de Matos

- Estratégias Pedagógicas Inovadoras com Tecnologias Digitais, apresentada por Sílvia Couvaneiro.

As duas comunicações partilharam entre si, para além da elevada qualidade, a reflexão sobre o papel da tecnologia na sala de aula atual, sublinhando a importância de apostar na inovação pedagógica, um conceito que ultrapassa a mera inovação tecnológica. Na verdade, é possível usar as novas tecnologias e manter um ensino essencialmente tradicional. Para evitar esta "ratoeira", há que investir em metodologias centradas no aluno, em que o professor deixa de ter o papel de reprodutor de conteúdos para passar a orientar a aprendizagem do aluno.

Com o intuito de partilha de práticas em sala de aula, o CFOS convidou três professores para, em ambiente informal, dinamizar três painéis, cada um deles sobre uma metodologia ativa implementada em ambiente escolar.

Os temas abordados nestes painéis foram os seguintes:

- Portefólios digitais – Laura Lupi e Olga Simões , AE Maria do Carmo Serrote 

- Sala de estudo virtual – Luís Ornelas, AE Azeitão

- Sala de aula invertida – Ana Carneirinho, AE Sebastião da Gama

Os professores presentes dividiram-se pelos três painéis conforme as suas preferências.

Enquanto dinamizadora do painel "Sala de aula invertida" (SAI), devo referir que me surpreendeu o número de colegas presentes. Procurei centrar-me menos nas considerações teóricas subjacentes ao ensino híbrido e à SAI, procurando antes partilhar a experiência que tenho tido em sala de aula na implementação do método. Procurei ser o mais honesta possível, referindo as vantagens, mas também as desvantagens e as dificuldades na implementação da SAI nas nossas escolas.

Os colegas presentes mostraram-se bastante curiosos e interventivos, fazendo muitas questões de índole prática.

No papel de agente de partilha de uma metodologia ativa de aprendizagem, senti que os colegas presentes apresentaram dúvidas reflexivas, de quem pondera de facto implementar novas práticas no terreno. Suponho que não será exagerado assumir que essa postura será a da maioria dos professores, cientes da necessidade de transformar o ensino num modelo mais centrado no aluno, tornando-o num agente mais ativo do processo de ensino-aprendizagem e dando palco às competências adquiridas durante o percurso de aprender.

Neste caminho de mudanças de práticas na educação, o papel da tecnologia, ubíqua nos dias de hoje, tem um papel fundamental como fator de enriquecimento do ecossistema educativo. Não fará sentido ignorar a tecnologia na sala de aula quando ela está impregnada em todos os ambientes em que vivemos, mas há que refletir de que forma deve ser usada, para não correr o risco de adotar as novas tecnologias para apenas reproduzir modelos de ensino do passado.

O mundo de hoje está em mudança. A Escola não pode permanecer a mesma.

Partilho a apresentação digital que explorei no painel que dinamizei.


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